segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Poucas vergonhas

Porque é que quando um grupo de vestidos ocupa uma praia de nudistas nada acontece! Em contrapartida, se um grupo de nudistas entra numa praia de vestidos. — aqui del-rei que poucas vergonhas ... a mostrarem as partes íntimas às pobres criancinhas que só conhecem nus virtuais de Playstation ... Valha-nos Deus vamos é chamar a GNR e já! Ora eu interrogo-me se a Constituição da República descrimina positivamente cidadãos vestidos em detrimento de cidadãos nus. Não acredito que tal possa acontecer com uma Constituição tão moderna e ousada ainda que redigida por pessoas muito bem vestidas. Por isso minhas senhoras e meus senhores fiquem lá nas vossas praias superlotadas, a cheirar o protector solar do vizinho, a pisar beatas e a ouvir conversas de telemóvel e deixem-nos em paz, nos nossos sítios, nus e pudibundos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

domingo, 8 de agosto de 2010

Património urbano

Mudei de casa. Agora avisto alguns telhados e outros ritmos visuais desta cidade. E muitas chaminés de restaurantes, aqueles tubos zincados que supostamente devem evitar que os cheiros das cozinhas entrem pela casa dos moradores. Acontece que a maioria dessas chaminés não chega à cumeeira dos telhados onde estão instaladas. Por outro lado não têm em conta a altura dos prédios circundantes. Além de esteticamente horríveis não cumprem a função para que foram destinadas e, paira no bairro, um ar gorduroso e refogado. Presumo que os fiscais da câmara e os autores desta lei, também façam as suas refeições nestes restaurantes. Por isso, muitas vezes quando me falam em defesa do património, cheira-me a iscas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Calor

Na esquina de uma paragem de autocarro, num dia de calor brutal (muito pior que o ano passado!), o meu amigo José desenhou-me a sociologia das preocupações nacionais, debatida no fórum dos transportes públicos:
1 - Meteorologia nas suas vertentes mais importantes,
a) o calor e o frio;
b) o incêndio ou a inundação.
2. Vida quotidiana,
a) a minha doença é pior que a tua;
b) o meu chefe é pior que o teu.
Este estudo de campo prova que ninguém quer saber o que pensa o poderoso ou monárquico PGR e muito menos que livros os políticos levam para férias. Apesar de tudo eu continuo a pensar que o chefe do PGR é pior que o chefe da esquadrilha de submarinos.