Muitas vezes a minha vontade é ser como sou...radical
e mandar à merda as considerações e os palpites sapientes, pouco estudados,
superficiais, demagógicos de peito cheio como se de uma grande verdade se
tratasse, como se o mundo "civilizado", não pudesse viver sem aquela
opinião, como sem aquela luz e sem aquele voto, tudo se desmoronasse e o caos
voltasse a reinar (pobre da borboleta que bate as asas...).
Outras vezes a minha vontade é ser como também sou,
com um grande jogo de cintura, suportado pelas centenas de horas que
dancei em variadas discotecas da vida, exercendo uma espécie de tai chi nas
relações sócio/politico/culturais (obrigado mestre Ngyuen Duc Mok), tentando
encontrar no vazio a gota de sabedoria, a candeia condutora, a verdade, o
caminho...tentativa quase sempre gorada...tudo se reduz, habitualmente, à
costumeira ignorância elevada à potência da futilidade e da pesporrência
...p...q...p...
Mas é o que temos. Trata-se agora de vestir os
coletes...de que cor?