Está-me a fazer uma certa urticária esta "complexidade" da impossibilidade de medicamentos em unidose. Como todos sabemos precisamos de duas aspirinas mas a caixa é de cinquenta e isto é válido para todos os medicamentos. Continuamos a pagar e a gastar alegremente recursos, energia, economia. Todos os argumentos são bons para termos verdadeiras farmácias em casa. É a única actividade humana em que as empresas não temem a concorrência doméstica. Viajo já há alguns anos pela Ásia e pelo menos desde há vinte anos, os países da Ásia do Sul resolveram o problema. Pois bem os laboratórios vendem caixas de cem, ok nós separamos em pequenos conjuntos de dez. Os próprios médicos na sua receita indicam o número de comprimidos a tomar e é isso que se compra nas farmácias sejam elas de medicina tradicional ou alopática. Mas está claro que estamos a falar de países apenas em vias de desenvolvimento onde estas práticas bárbaras são admissíveis. Tendo em conta que vivemos em sociedades com a paranóia da higiene e da segurança não se imagina que um farmacêutico possa vender pequenas doses, retiradas da grande caixa, fora de prazo ou sem todos os cuidados de higiene. Por isso parece-me simples esta questão: não vale a pena conversar com os laboratórios vinte anos para que alterem a linha de fabrico...abram as caixas porra!
Este assunto, como muitos outros, também me faz urticária: como é que se deitam ao lixo, em Portugal, e num ano, 320 milhões de euros em medicamentos? Os medicamentos vão para o lixo, mas alguém ganhou muito muito dinheiro com a situação, não é? O costume - favorece-se sempre os poderosos e os pobres e os remediados que apertem o cinto e paguem a crise!
ResponderEliminarClaro que as farmacêuticas não alteram as suas embalagem,não ganham nada com isso...
Eu apoio a sua sugestão - ABRAM AS EMBALAGENS!