quarta-feira, 14 de março de 2018

Pião

 
Uma cerveja, um parque de oliveiras; ao longe um rio que, nem a encher nem a vazar, espera que a conversa se desenrole e que possa fluir para o mar ou que o mar entre dentro e, as ostras, saciadas, soltem pérolas no azul; tempo a fazer caretas, conversa solta, corpo liberto do vinco nas calças.
Um pião vem rodopiar o dia e precipita os metais.
É a noite da laca vermelha.