quinta-feira, 22 de julho de 2010

Modas

Almoçando (não se deve começar frases por gerúndio), num restaurante em Lisboa numa zona de serviços, deu-me para observar as vestes dos clientes. Os quadros das nossas empresas vestem azul celeste, azul bebé, azul acinzentado, cinzento azulado. Fatos cinzentos, com mais ou menos brilho da seda sintética ou azul profundo, diria mesmo aquoso e as gravatas. Grande ousadia que varia entre o azul também profundo e o grená e um ou outro raríssimo verde turquesa, com riscas a contrastar ou de padrão liso na versão mais inteligente social. Grandes rasgos de liberdade nas camisas às riscas verticais num branco mais ou menos largo. Vendo-os vestir assim percebe-se como pensam: cinzento acinzentado.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Os amanhãs que cantam

Mas de que nos queixamos? Afinal o PSD está praticamente marxista. Oiçam Calvão da Silva que defende integralmente o Estado Social — a cada um segundo as suas necessidades e de cada um segundo as suas possibilidades. Podem discordar mas terão que apresentar razões atendíveis. Que cansaço!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O tio PPC

De repente, Pedro Passos Coelho ficou velho. Já tem duplo queixo como qualquer tio de meia idade, perdeu o brilho das efémeras lantejoulas. Claro que não quer apresentar nenhuma moção de censura, ninguém quer governar nestas condições, não dá dividendos políticos. Mas PPC diz que faz propostas para o futuro. Esta "novidade" de o Presidente da República poder demitir o Governo, esta ideia afrancesada, claro que é uma ideia de futuro como ele próprio afirma, uma ideia para quando PPC se candidatar à Presidência da República, uma coisa para daqui a dez anos. Mais um verdadeiro salvador da pátria, mais um messias iluminado, mais uma figura fotocópia das várias, muitas personalidades que Portugal teima em produzir para consumo interno. Clones da história. Que cansaço!