terça-feira, 31 de maio de 2011

Sobre abstenção ou voto branco.


São coisas diferentes: a abstenção pode ser uma ida à praia ou a outro lado qualquer, uma preguiça súbita, uma ressaca. Não tem valor de afirmação porque se dilui nela própria. O voto branco, pelo contrário, é afirmativo é uma atitude política. Significa não se querer ver representado por nenhum dos intervenientes nestas eleições. Não se querer ver representado pela mediocridade, pelo oportunismo, pelo clientelismo, pela alucinação dogmática, pela cassete. Quando alguns afirmam que estes votos só vão beneficiar os partidos/troika, esses, que vão votar BE ou PC, estão numa verdadeira atitude religiosa de afirmação de pureza e de não contaminação pelo poder. Uma coisa até bem estudada por alguns antropólogos. Esses que vestem de branco e tanto criticam os votos brancos, abalançam-se, deste modo, ao poder. Mas o poder deles seria impoluto, puro, inócuo, desinfectado. Muitos deles até votaram com uma grande nobreza nas últimas eleições, nobreza que deu vómito. Eu vou votar branco para não ter que tomar, depois, bicarbonato.

domingo, 29 de maio de 2011

Democracia

A ideóloga do PSD falou! O jovem aprendiz, de olhos brilhantes aquiesceu. Portugal está mais claro.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Standing comedy

Seria injusto não reconhecer a criatividade, alguma dela produzida em horas extraordinárias, dos intervenientes das várias campanhas eleitorais. Não lhes chamo políticos porque não estão a fazer política, mas ainda não encontrei uma designação adequada para caracterizar a atitude e o desempenho profissionais, desta tecnocracia do entretenimento social. Injusto, repito, não ver na convocação de personagens históricas mais ou menos contemporâneas, um talento argumentista e televisivo que poderá ser uma vantagem em caso de desemprego temporário. Injusto não reconhecer nos eufemismos e nas várias figuras gramaticais utilizadas nestas aventuras, um contributo maior para currículos menores e anémicos. Injusto ainda não considerar que a repetição de mantras sobre os temas mais conhecidos, constitui um poderoso mobilizador para uma purificação cármica. Mas, apesar de tudo e reconhecendo o valor intrínseco e sempre igual destes entertainers, sugeria, até para a salvaguarda da sua saúde física e originalidade, que estas campanhas/comício/shows/standing comedies/etc., durassem apenas 3 dias. Que se faça uma alteração constitucional se for preciso. Aliás sugiro mais: que estas actividades fiquem na alçada da Direcção Geral dos Espectáculos e sejam objecto de classificação etária.

domingo, 22 de maio de 2011

Aeroportos

Hoje aterrou um outro avião em Beja vindo de Londres. Ontem por avaria do meu, tentei alugar um carro em Beja. Sábado, depois do meio dia, alugar um carro em Beja … só em Faro. Ok, o táxi pago pela companhia de seguros, levou-me a Faro à zona das várias empresas alugadoras de automóveis, no aeroporto.. Aqui começa o filme: para alugar um carro é preciso um cartão de crédito. Não me faço acompanhar habitualmente desse objecto e a situação complicou-se. Tentativa de, via Lisboa, alguém que reservasse na empresa de aluguer, com cartão de crédito, um carro. Possível mas, ainda mais complexo, o balcão onde estava teria que obter uma prova física do dito cartão, fax, ficheiro digital. Não sendo isto possível porque nem toda a gente tem em casa escritórios electrónicos, tornou-se critico conseguir efectuar o aluguer. Acresce que alugar um carro num sítio e entregá-lo noutro tem um acréscimo de 70 euros, como se a frota não circulasse e os fluxos naturais de clientes não equilibrassem a frota nos diversos locais. Alugar no aeroporto custa mais 30 euros do que na cidade. Estas condições são verdadeiros roubos legais. Tudo isto aliado à falta de educação do chefe de balcão fizeram-me regressar a Lisboa de camioneta. Esqueci-me de dizer que eu ia para Mértola!

domingo, 8 de maio de 2011

À rasca

Agora quem está a ficar à rasca sou eu: no passaporte vou escrever nacionalidade: troiquiana; tudo empolgado com um vídeo supostamente para finlandeses mas que é mais para afagar o ego nacional com aquelas cenas do "demos novos mundos ao mundo"; dois clubes portugueses numa final europeia; um facto histórico que é o PSD apresentar, finalmente, um programa; um presidente do estilo: eu que até sei...não volto a avisar; só falta de facto a brilhantina dos homens da luta ganhar a Eurovisão. Viva Portugal!