quinta-feira, 8 de abril de 2010

...o pão nosso de cada dia nos dai hoje... não nos deixeis cair em tentação...

Quem acredita em homens com saiotes arrendados e saias púrpura e ouro? Homens que fizeram voto de celibato mas cujos olhos em transe se arrastam pelos corpos do rebanho à espera de uma oportunidade pecadora no recato da pia de água benta. Homens que se masturbam com chicotes em práticas medievais sado-masoquistas. Homens que dizem que dão a outra face mas que buscam a outra nádega. Que violam crianças inocentes e aterrorizadas com o poder da verga como se fosse um ceptro de sarça ardente e que espezinham a ignorância praticando a ignomínia. E são tantos os chamados pecadores e ainda mais os que os encobrem que está na hora de novo cisma neste caso entre a igreja e os homens. Que fiquem os homens e que os pedófilos e encobridores sejam realmente condenados à fogueira numa operação de castração a quente. Seria apenas mais um ritual de purificação. Já não se podem ouvir os senhores padres invocando argumentos corporativos. É de crime que estamos a falar e os criminosos, ainda que de saia e batina, devem bater com os costados na prisão. Com sorte e um bom advogado do diabo, serão perdoados da coroa de espinhos e da crucificação.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Unidose

Está-me a fazer uma certa urticária esta "complexidade" da impossibilidade de medicamentos em unidose. Como todos sabemos precisamos de duas aspirinas mas a caixa é de cinquenta e isto é válido para todos os medicamentos. Continuamos a pagar e a gastar alegremente recursos, energia, economia. Todos os argumentos são bons para termos verdadeiras farmácias em casa. É a única actividade humana em que as empresas não temem a concorrência doméstica. Viajo já há alguns anos pela Ásia e pelo menos desde há vinte anos, os países da Ásia do Sul resolveram o problema. Pois bem os laboratórios vendem caixas de cem, ok nós separamos em pequenos conjuntos de dez. Os próprios médicos na sua receita indicam o número de comprimidos a tomar e é isso que se compra nas farmácias sejam elas de medicina tradicional ou alopática. Mas está claro que estamos a falar de países apenas em vias de desenvolvimento onde estas práticas bárbaras são admissíveis. Tendo em conta que vivemos em sociedades com a paranóia da higiene e da segurança não se imagina que um farmacêutico possa vender pequenas doses, retiradas da grande caixa, fora de prazo ou sem todos os cuidados de higiene. Por isso parece-me simples esta questão: não vale a pena conversar com os laboratórios vinte anos para que alterem a linha de fabrico...abram as caixas porra!