sábado, 16 de outubro de 2010

Zaping

Confesso que esta economia politica me ultrapassa. Confesso que via mais claro há uns anos atrás. Confesso que este capitalismo democrático me engana. Confesso que já não os posso ouvir. Confesso que a minha vontade é emigrar mas para um lugar do Mundo onde não se fale europês. Confesso que a língua portuguesa evoluiu muito; agora, é possível discursar através de infindáveis neo-advérbios e, no final, parece que todos têm razão. Os gajos invadem tudo o que é media e debitam longas e penosas construções de real ficção. Os gajos acham que dizem verdade, todos dizem a verdade. A verdade passou a ser supra partidária. O economês, o politiquês, o financês, passaram a fazer parte da nossa pró e contra cultura politico-sócio-económica. No nosso quotidiano muidinho, qualquer viagem de metro é um fórum aberto sobre ratings, off-shores, dívida pública, altos preços do petróleo. O Parlamento passou a concorrer com todos os Big brothers e discute shares televisivos ao milímetro. O zaping é agora entre os mineiros vedetas, as alternativas tipo Coelho/cartola, as gajas da casa da TVI e o brand ou crude. As coisas que nós sabemos! Temos o Orçamento connosco, obrigado portugueses. Fod...-se

4 comentários:

  1. Fernando,
    Uma a uma, subscrevo todas as palavras! Quão pobres, quão tristes, quão miseráveis nos tentam tornar, para além do que a realidade se encarrega de ir fazendo...
    É excessivo, insustentável, cansativo... desprezível!
    Obrigado, Fernando.
    Um grande abraço.

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  2. ...e para quando a revolução?
    A nova....? Aquela que ainda não chegou?
    A próxima?
    Entendes o que quero dizer?
    Apaga a televisão, não compres jornais. Não vejas, não oiças! Mas também nunca te cales!

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  3. Vou fazer link, Fernando.
    Obrigado.
    Grande abraço.

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