domingo, 13 de fevereiro de 2011

Que parvos que eles são!

Coloca-se uma questão interessante em termos de teoria política no que concerne a dita moção com prazo de validade do Bloqueio da Esquerda. Se o PSD ou o CDS votarem a favor depois do discurso impuro do Pureza, o BE deve dissolver-se, sair da vida política, regressar às Universidades, eventualmente transformar-se em produtor musical porque, seria a primeira vez que uma moção dita de esquerda conseguiria concitar simpatias e tácticas de tão famosos cidadãos como Aguiar Branco ou Rangel; se ninguém votar a favor (excepto talvez com hálito a sapo o PC), o BE deve dissolver-se porque, estrategicamente, nem Louçã, nem Fazenda, nem Rosas estão a atinar com os representantes do povo e, como tal com o próprio povo configurando, desse modo, a distância a que se encontra a rua do Bloco ou vice-versa. Nestes próximos 20 dias de brilho e de lantejoulas para o Bloqueio da Esquerda não se esperam cisões nesse grupelho, nem discursos "esclarecedores" de que afinal não era bem aquilo que se quiz dizer... ou sim. Nos próximos dois dias, até quarta-feira o mais tardar, os partidos e os cidadão ditos responsáveis devem, para que a honra não fique suja com manchas indeléveis, manifestar publicamente o seu sentido de voto. Acabemos com esta brincadeira de putos esquerdistas que leram traduções googladas dos textos fundamentais e estão de ressaca. A revolução não está, de facto, na ponta da moção de censura.

1 comentário:

  1. Bom-dia, Fernando :)
    Obrigado por este excelente texto que acabei de linkar num post que esta leitura me inspirou!
    Muito, muito obrigado!
    Um grande abraço.

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