Quem aprende com os erros, nunca se demite senão deixa de aprender e de beneficiar da grande vantagem que é a chamada formação ao longo da vida. Quem nunca se demite não consegue mesmo aprender com os erros porque cega na visão transversal dos problemas e, com o cérebro confuso com a ausência de outras direcções do olhar, inventa pedagogias que, ao longo da vida, acabarão por cristalizar o pensamento. Por outro lado, reconheçamos a total limpidez de alguns cristais mas, igualmente, a sua total e eterna imutabilidade.
Ser imutável e constante é próprio dos políticos com craveira e com princípios bem adquiridos e sólidos, temperados no fragor das lutas ou, talvez, dos políticos estúpidos de vasto e malcheiroso umbigo.
Quem se absteve, na voz do PR, perdeu o direito à palavra, à critica, à manifestação de qualquer desacordo. Passou a ser um cidadão de segunda, um abstinente ... um abstémio encartado. O PR deveria mesmo abster-se de tão anticonstitucional interpretação da constituição. Os cidadãos portugueses perdoar-lhe-iam tal abstenção, não lhe cortariam os direitos políticos, não o condenariam ao degredo, nem sequer lhe sugeririam que se demitisse.
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