Eh! ...Oh!...Essssa merda...bora...E a camioneta
arranca levando o lixo papelão da manhã. Perto, as “gajas” em
calção/cueca/loiras fotografam Santo António cada vez menos beato, com tanta
carne exposta. Dois pedreiros limpam a calçada com uma máquina excessivamente
barulhenta. Retiram o cimento que ficou, por descuido e falta de qualidade das
obras anteriores que deixaram o granito branco. Afinal a intenção era uma rua
em feldespato! O polícia municipal continua a teclar smartphone, motas aceleram
a seco com decibéis acima de qualquer norma, tunnings descem do Castelo
anunciando os egos musicais dos carros brancos, o polícia municipal, tecla.
Vai-se assim, a tarde, até que chegue guantanamera em concerto para USB, acordeão
romeno e sax, flautas típicas de, Coimbra é uma canção, o introvertido dos 7
instrumentos. Alguma calmaria até à meia noite quando são despejados os vidrões
e, para fechar a noite, o verdadeiro lixo, arrastado pela calçada, dezenas de
metros, acordando toda a gente. Rodas duras em chão duro uma espécie de
minimal(maximal) repetitivo sonoro. Será que o vereador do lixo sabe da
existência de rodas de borracha no mundo? Assim segue a noite com muita
cantiga/álcool debaixo da janela até o despertador do motor frigorífico do
camião da carne estacionado perto. Motor para boi ouvir, muitos decibéis acima
do suportável. A República da Transtuk-tuklândia caracteriza-se pelo total
liberalismo e liberdade de actuação das corporações. Tudo a bem da concorrência
saudável. Os moradores que vão morar para lá de Moscavide.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário