Abriu em Goa o templo do contrabando. É um museu que dá a ver os objectos de grande valor, recuperados pelas autoridades bem como as técnicas, sistemas e truques com que os contrabandistas tentaram enganar as alfândegas indianas nas últimas décadas.
Seria um exemplo a seguir por Portugal, não no campo dos objectos artísticos desviados (só nos roubam a já pouca arte sacra que resta), mas no domínio das técnicas e sistemas da fraude financeira e económica. Temos aí um vasto campo e até podemos ser inovadores nesta museologia. Proponho então construir em Oeiras ou no Funchal um grande espaço cultural e pedagógico que evidencie os modos de por exemplo ser administrador de um banco e desconhecer o que lá se passa, de montar uma off-shore transparente e intocável, de fazer desaparecer milhões de euros e não ser possível encontrar o seu rasto. Este “templo dos vigaristas” não seria apenas um espaço cultural morto e de observação. Ele proporia formação avançada a candidatos seleccionados. Esta parceria entre os Ministérios da Cultura e das Finanças desenvolveria pós-graduações em “Vá para um off-shore cá dentro”, “Assine à confiança documentos inexistentes”, entre outros. Estudaria, com outros museus congéneres, pós-doutoramentos em Pirataria internacional, Ajuda Desinteressada aos Países em Vias de Desenvolvimento e Redesign de ONG (organizações não governáveis). Para o lançamento do projecto proponho a deslocação a Goa, para a realização de vários seminários, das dezenas de técnicos altamente especializados na área.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
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