A semana passada ocorreu o Dia Internacional da Coluna. Esta semana o meu filho, que vai a pé para a escola, e todos os estudantes da idade dele, continuam a transportar quilos de material nas mochilas. Estas crianças fazem, durante anos, o papel de estivadores do conhecimento. Estas crianças serão os futuros clientes dos actuais estudantes da especialidade de Ortopedia. Do ponto de vista da empregabilidade quanto mais peso na mochila, mais mercado para os futuros médicos. É uma medida política de longo alcance e de rara visão económica mas, apesar de tudo, eu prefiro esqueletos escorreitos ainda que desempregados. Pergunto se não haverá uma maneira mais inteligente, mais saudável, menos lesiva dos esqueletos em desenvolvimento.
É possível as várias instituições envolvidas no processo educativo e de saúde pensarem um pouco sobre este assunto? Trata-se de formar cidadãos activos e saudáveis com o centro de gravidade no sítio certo. Trata-se do futuro. Nalgumas manhãs apetece-me dizer ao meu filho:
—Deixa tudo em casa que eu depois assino a caderneta!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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Concordo consigo, já passei por essa fase e tive os mesmos pensamentos.
ResponderEliminarMas é um assunto demasiado pesados para as" mentes leves" dos nossos decisores, até porque os seus próprios filhos têm motorista.
Mas vale sempre o nosso esforço de chamar a atenção.