Cada vez me perturbam mais as praxes académicas. Agora deram em fazê-las, no Jardim do Campo Grande, já noite caída. São vários grupos de 5 ou 6 caloiros, comandados por um “sargento(a)” de capa e batina. Os caloiros ficam de mãos atrás das costas, cabisbaixos por ordem superior. O dito sargento manda “encher” como na tropa e os caloiros fazem flexões ao som dos gritos histéricos dos sargentos e das sargentas. Cantam canções que se ouvem nos filmes de fuzileiros americanos. O mesmo ritmo e a mesma intenção marcial. É degradante, humilhante e dá náuseas. Estes serão, os futuros e obedientes quadros das nossas empresas, os futuros professores das várias academias, os transmissores do conhecimento científico aos nossos filhos, os futuros licenciados nos vários ramos do conhecimento. Pobre conhecimento e pobre País!
De facto, é lamentável... ou melhor, é, parafraseando o texto: "degradante, humilhante e dá náuseas". Confrange ver como foram interiorizadas as noções de hierarquia e poder num meio onde o saber pressupõe respeito e igualdade perante a aprendizagem e o conhecimento...
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