segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Provérbios populares

Eu sou daqueles que acho que quem vê caras, vê corações. Olhando para o líder da FENPROF, olhando para o bigodinho do líder da FENPROF, olhando para os olhos arremelgados (como diz a minha boa amiga D. Gorgete) do líder da FENPROF, olhando para as expressões e trejeitos do líder da FENPROF, acho que consigo ver o seu coração pleno de centralismo democrático nas aurículas, de uma grande presunção no ventríloquo esquerdo e de um imenso e disfarçado autoritarismo no ventríloquo direito. A veia cava transpira untuosidade e aparente bonomia, simpatia plástica que escorrega para o resto do sistema circulatório e transparece nos olhos que, se não fossem arremelgados, seriam bem mais convincentes. Assim, topa-se à distância onde quer chegar o líder da FENPROF. Os professores, com honrosas excepções, dá-lhes jeito seguir o provérbio popular e querem ser considerados uma corporação de elite, nível superior da sociedade portuguesa, a casta bramânica nacional que só é avaliada pelos deuses. O conhecimento que debitam não está escrito, é revelado. Eles, humildes mediadores entre a divindade e as pobres cabeças dos nossos filhos. Uma avaliação profissional e terrena, mataria esta corporação de sacerdotes e poria, não os corações ao alto, mas à vista.

1 comentário:

  1. Agora não saí do fb (antes só me lembrei quando já tinha saído) para lhe dizer que para este senhor já não tenho qualquer réstea de paciência, de modo que, mal o vejo, mudo para qualquer outra coisa ou desligo. Eu que sou, ou que era, por natureza, muito paciente, agora confronto-me com esta mudança que algumas pessoas provocam em mim.
    O que me aconteceria se eu visse muito a TV? Estaria a precisar de internamento, por certo!
    Um abraço.

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